Sarcopenia no Diabetes Mellitus Tipo 2
Postado em 05/03/2021
Verificar a prevalência de baixa massa muscular e sarcopenia em pacientes com diabetes tipo 2, em comparação com controles pareados, estabelecendo a associação entre sarcopenia e complicações crônicas do diabetes foi o objetivo do estudo Sarcopenia in Type 2 Diabetes Mellitus: A Cross-Sectional Observational Study. O levantamento foi realizado pela equipe do Centro INCT Hormona Universidade Federal do Paraná.
Segundo a coordenadora, professora e pesquisadora do laboratório, Dra. Victória Zeghbi Cochenski Borba, o artigo foi tema da tese de mestrado da Dra. Luciana Pechmann. A pesquisa veio na sequência de um estudo anterior, onde foi demonstrado que pacientes com diabetes apresentavam mais sarcopenia que o grupo controle, sugerindo que a sarcopenia poderia ser uma nova complicação do diabetes.
“Na segunda pesquisa, foram confirmados estes achados, com um número maior de pacientes e controles, com avaliações mais completas da função muscular, como desempenho físico, por exemplo”, explica a pesquisadora.
De acordo com a Dra Victória Borba, foi observado que os pacientes que apresentavam albuminúria (perda de proteínas pela urina) tinham mais chances de ter sarcopenia, assim como aqueles com osteoporose e percentual de gordura corporal maior. A especialista explica que a prevalência de sarcopenia não foi diferente entre os sexos. “Observamos diferença na composição corporal, ou seja, as mulheres diabéticas apresentaram massa gorda maior comparada aos controles não diabéticos”, conta.
Segundo o estudo, os achados finais mostraram que nos 2 sexos a sarcopenia foi associada a um percentual de gordura total, mas só nas mulheres a sarcopenia foi associada à adiposidade (gordura) andróide (abdominal) e massa magra total. “Ainda não sabemos ainda qual é o impacto a longo prazo da sarcopenia nestes pacientes, mas o estudo enfatiza a necessidade dos pacientes com DM2 serem avaliados quanto à sarcopenia, para permitir a implementação precoce de medidas para prevenir ou tratar esse distúrbio”, finaliza. O artigo completo pode ser lido neste link.