Pesquisadoras do Brasil e da França avançam em colaboração para pesquisas sobre a saúde da mulher
Publicado em 27/05/2019
Cooperação teve atividades realizadas de março a maio e deverá gerar artigos com novas evidências sobre câncer de mama associado a condições endócrinas e saúde vascular relacionada à reposição hormonal
Uma iniciativa para colaboração internacional em pesquisa,
desenvolvida entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a
Universidade Paris Descartes, da França, busca produzir evidências sobre dois
temas relacionados à saúde da mulher. Um dos estudos avalia fatores de risco
para o câncer de mama em associação com diferentes condições endócrinas como a
obesidade, a anovulação e o excesso de androgênios. O outro, examina o risco
vascular venoso e arterial das diferentes opções de tratamento hormonal na
menopausa.
“O grupo francês desenvolve modelos clínicos e in vitro, reconhecidos
internacionalmente, para o estudo da fisiologia mamária humana, fisiopatologia
e mecanismos moleculares do câncer de mama. A França também tem sólida
experiência com o uso não oral de estradiol e com diferentes tipos de
progestogênios. Os dados estão agora sendo analisados para futuras publicações
conjuntas nesta área”, conta a professora da UFRGS Poli Mara Spritzer
(foto acima), coordenadora do INCT Hormona e da Unidade de Endocrinologia
Ginecológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
A pesquisadora brasileira esteve na França no período entre março e inicio de maio, onde atuou no desenvolvimento de atividades acadêmicas junto aos residentes do Hospital Port Royal, de Paris, bem como atividades de pesquisa em colaboração com as pesquisadoras Geneviève Plu-Bureau e Anne Gompel (fotos abaixo, respectivamente), responsáveis pelas áreas de Ginecologia Médica e Reprodução Humana na Unidade de Ginecologia Endócrina daquela instituição. Conforme Poli Mara, a participação do INCT Hormona neste ato de cooperação contribui para a internacionalização das pesquisas que vem sendo desenvolvidas sobre diferentes endocrinopatias na mulher no Brasil.
Texto e edição: Luiz Sérgio Dibe
Fotos: acervo profissional Poli Mara Spritzer